Bebês que morreram à espera de cirurgia pediátrica no TO
A pequena Emanuele também morreu esperando por cirurgia no Tocantins
Publicado em 02 de Maio de 2018 (Atualizado Há 3 anos atrás)
O caso do pequeno Davi Gabriel, que morreu no último domingo (29) esperando por uma cirurgia cardíaca, é o quatro registrado no Tocantins apenas em 2018.
A falta do procedimento nos hospitais do estado e a demora na transferência para outros lugares preocupara família que lutam contra o tempo para tentar salvar os recém-nascidos.
A pequena Emanuele, por exemplo, viveu menos de um mês. Ela nasceu com uma má formação no coração. A Justiça chegou a liberar parte do recurso para que ela fosse levada a outro hospital, mas não deu tempo.
"O juiz deu a decisão, já tinha saído a metade do valor, o transporte aéreo já tava em mãos. Deste dia em diante, não deram mais nada de resposta", diz a mãe, Luana Pereira.
Em Palmas, nesta terça-feira (1º) é a pequena Ana Vitória que luta pela vida. Ela nasceu há 15 dias e precisa de uma cirurgia urgente. O pai pediu ajuda para a Defensoria Pública para tentar resolver o problema. Ele tem medo que a história dela termine como a de Davi e a de Emanuele.
"É um caso urgente, a gente não pode esperar muito. A gente está aqui apreensivo e correndo atrás para tentar agilizar", diz Paulo Rogério Melo.
Nos últimos três anos, mais de 10 bebês morreram aguardando por transferência no estado. O Ministério Público e a Defensoria entraram na Justiça para tentar obrigar o governo a fazer estes procedimentos dentro do estado. A Secretaria de Saúde ainda não se manifestou sobre esta possibilidade.
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